sexta-feira, 19 de julho de 2013

História de Cafarnaum - Ba







CONHECENDO CAFARNAUM-BA

Conta-nos o historiador Péricles Ferreira Coelho que o índio pataxó foi o primeiro habitante de Cafarnaum.

Sabe-se que o encontro do tropeiro com o índio e o bandeirante, abrindo a estrada boiadeira, tornou mais fácil a localização da água para mitigarem a sede. O Vereda é um curso de água que banha os municípios de Barra do Mendes, Canarana e América Dourada. O Vereda de Cafarnaum desemboca no Vereda de América Dourada. O de Barra do Mendes, do mesmo modo prossegue no curso até o Rio Jacaré, no município de Morro do Chapéu.

Muito tempo depois da vinda dos bandeirantes a esta região da Chapada Diamantina, o Vereda passou a se chamar Vereda de Romão Gramacho.

Afirmavam os mais velhos que o Vereda tinha seu curso de água permanente, devido à vasta vegetação existente na época. Após a devastação das matas o Vereda perdeu a sua perenidade e tornou-se um curso de água temporâneo.




OS PRIMEIRO HABITANTES

Os bandeirantes, vindos do litoral em busca de minérios, fizeram suas explorações às margens do Vereda e, após enfrentarem grandes obstáculos, conseguiram superar as intransponíveis barreiras da época muitas vezes lutando contra a própria natureza fascinados pelo ouro, diamante, esmeraldas e outros minérios.

O NOME

O nome Cafarnaum originou-se da existência de furnas às margens do Vereda, algumas artificiais, feitas a fogo, quando da exploração dos minérios. A Lapa do Gentio é uma gruta muito curiosa e distam apenas cinco quilômetros da sede do município. Na sua parte interna, verificam-se sobre as lajes várias caracteres de tintas pretas e carmim, pintados pelos índios, que o correr do tempo não apagou. No teto, na parte externa, existem pedaços de lajes que, ao se tocarem umas contra as outras emitem som, provocando no povo o desejo de desvendar o mistério.

DOADORES DE TERRAS

Eram possuidores de uma faixa de terras compreendidas de desde as proximidades de Jacobina até Bom Jesus da Lapa, o Senhor Conde da Ponte, João Saldanha da Gama Melo Torres Guedes de Brito, e sua esposa, Dona Maria Constância de Saldanha Oliveira e Souza, cujo nome de guerra era Dona Maria Joana, nas quais estavam incluídas as terras que hoje constituem o município de Cafarnaum conforme comprova escritura pública do Tabelionato Mota, de Salvador, datada de 11 de dezembro de 1811, documento n° 6, folhas 40 a 44.

FAMÍLIAS TRADICIONAIS

As tradicionais famílias foram: Cedro, Cruz, Barreto, Caboclo, Sapateiro e Ribeiro da Fonseca, que incorporaram famílias procedentes de outros municípios bem como de outros estados. Foram procedentes dos municípios de Lençóis, Mundo Novo, Morro do Chapéu, Jacobina, Miguel Calmon, Brotas de Macaúbas, Senhor do Bonfim, Tucano, Bom Conselho e outros. De outros estados, os de Goiás, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Piauí. As famílias já aludidas se radicaram e se multiplicaram, constituindo hoje as ramificações das atuais famílias Guimarães, Gonçalves, Alves.



A CAPELA




A primeira capela foi edificada na sua praça principal atribuindo-se a uma digna atitude de um senhor vulgarmente conhecido por Borêta, que pouco depois de haver construído a capela transferiu-se para outra região sem jamais haver se comunicado com a comunidade. A construção da capela se deu no ano de 1914. Posteriormente a capela foi reconstruída várias vezes.

LUTAS POLÍTICAS

A influência das lutas políticas desencadeadas pelos chefes políticos das Lavras Diamantinas até o São Francisco não deixou de se refletirem em Cafarnaum. Houve concentração de grupos armados. Nesta localidade, daqui prosseguindo até às margens do Rio São Francisco.

Nesse longo período vários encontros se verificaram, sendo travados sangrentos combates, que ocasionaram consideráveis baixas em ambas as partes.

EMANCIPAÇÃO

A 7 de junho de 1961 entrou em tramitação na Assembléia Legislativa o projeto para sua emancipação. A 24 de julho de 1962, o Diário Oficial do Estado publicava o desmembramento do município de Morro do Chapéu. A 7 de abril de 1963, com as presenças de várias autoridades, foram realizadas as solenidades para a instalação da Câmara e para a posse do seu primeiro prefeito.

PREFEITOS DE CAFARNAUM




Djalma Oliveira Rios, governou Cafarnaum de 7 de abril de1963 até 7 de abril de 1967

Carlos Xavier de Oliveira, governou Cafarnaum de 7 de abril de 1967 até 7 de abril de 1971

Gutemberg Lima de Oliveira, governou Cafarnaum de 7 de abril de 1971 até 1° de fevereiro de 1973.

Segundo governo do Sr. Carlos Xavier de Oliveira de 1° de fevereiro de 1973 até 1° de fevereiro de 1977

Segundo governo do Sr. Gutemberg Lima de Oliveira, de 1° de fevereiro de 1977 a 1° de fevereiro de 1983.

O Sr. Eronides Souza Santos, governou Cafarnaum de 1° de fevereiro de 1983 com mandato até 1° de janeiro de 1989.

O Sr. Alexandre Faria da Silva, governou Cafarnaum de 1° de janeiro de 1989 e foi até 1° de janeiro de 1993.

O Sr. Edimário Neres de Souza, governou Cafarnaum de 1° de janeiro de 1993 e foi até 1º de janeiro de 1997.

O Sr. Evilásio dos Santos Brasil, governou Cafarnaum de 1º de janeiro de 1997 até 1º de janeiro de 2001.

Segundo governo do Sr. Evilásio dos Santos Brasil, de janeiro de 2001 até 1º de janeiro de 2005.

O Sr. Ivanilton Oliveira Novaes, governou Cafarnaum de 1º de janeiro de 2005 até 1º de janeiro de 2009.

Segundo governo do Sr. Ivanilton Oliveira Novaes, de 1º de janeiro de 2009 até 1º de janeiro de 2013.

O Sr. Euilson Joaquim da Silva, governa Cafarnaum de 1º de janeiro de 2013 até 1º de janeiro de 2017

História de Cafarnaum-Ba. Texto extraído da Lei Orgânica do Município de Cafarnaum e Emendas, gestão 2001/2004. complementado com pesquisas. 

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