Antiga
rota de tropeiros e viajantes, a localidade de Pedras, já foi em tempos remotos
uma das sedes do grande latifúndio do conde da Ponte (Saldanha da Gama). No
lugar conhecido por FIDALGOS, como relata o historiador Péricles Coelho,
Existia vestígio de uma casa bastante antiga e u grande curral, que pertencia a
antigos nobres, de acordo com algumas pesquisas, a viúva do conte da Ponte,
João e Saldanha da Gama Melo Torres Guedes de Brito, quando da morte do marido,
toma o caminho dos sertões com uma série de escravos e agregados para
desbravarem suas terras que estavam sendo invadidas. Saem de Jacobina no início
do século XVIII e adentram o sertão bravio. No decorrer dessa empreitada ela
(Dona Joana, como era conhecida à condessa da Ponte), abre uma estrada no
sentido a Bom Jesus da Lapa, cortando toda extremidade de sua terra, em pontos
estratégicos, juntamente com um lote de animais (bois, jumentos, cavalos e
cabras) para dar suporte, alimentar aos seus agregados e aumentar seu rebanho,
com isso ela demarcava suas terras e evitavam às invasões, uma dessas possíveis
sedes de fazenda foi encontrada no município de Cafarnaum, como foi relatado no
inicio, os mais velhos já chamavam de FIDALGOS, na localidade de Pedras, havia
vestígios de uma antiga casa, com um grande curral, além das imensas cercas de
Pedras, feita pelos escravos, com certeza foi lar provisório da condessa de
FIDALGOS fica bem próximo ao poço do capim, uma nascente de água eu nunca seca,
mesmo em secas terríveis.
A
localidade de Pedras como foi dito por décadas foi uma rota de boiadeiros, tropeiros,
e viajantes que se deslocavam pelo sertão em sentido ao antigo arraial de
Palhas (atual Utinga), Riachão (Utinga) e Ponte Nova (Wagner), ela nasceu,
segundo relatos de antigos moradores do lugar, após a morte de um padre
desconhecido, provavelmente da região de Ruy Barbosa ou Itaberaba. Segundo a
lenda ele viajava numa caravana de devotos e adoeceu no sopé da serra e não
resistiu a uma moléstia, a qual não se sabe ao certo e faleceu. As pessoas que
o acompanhavam enterraram-no neste lugar denominado de “Barreiro”, as margens
do córrego das Pedras, desse sepultamento, nasceu o cemitério e a povoação
primitiva de Pedras. A primeira habitação da localidade de Pedras foi a de Manoel
Eliotério de Souza, a qual era de barro com cobertura de palha, Chico Vaqueiro
(pai de João Vaqueiro, desbravador de Mulungu do Morro), também residiu alguns
anos na localidade de Pedras. O cemitério de Pedras é um dos mais antigos na
região.
BARRETO, Leandro. Pedras. Nossa História. Edição Especial – 50
anos de Cafarnaum. Pág. 115.
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