segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cafarnaum-Ba. A origem das Terras e os primeiros proprietários


Após anos de luta a favor da Coroa Portuguesa, Antônio Guedes de Brito é nomeado Capitão de Infantaria e juntamente com a sua nomeação ele recebe do Rei de Portugal em consequência de sua bravura, sua lealdade e de seus esforços para com a Coroa, um total de 170 léguas de terras denominadas sesmaria remuneratórias.

Área esta que correspondia a toda região de Morro do Chapéu e microrregião de Irecê chegando a estender-se por boa parte da Chapada Diamantina, isso tudo ocorrera em 1963. Antônio Guedes de Brito residia em Morro do Chapéu. Passam-se os anos até que no ano 1975 na comarca de Jacobina acontece uma grande demanda com os herdeiros de Antônio Guedes de Brito para com as grandes sesmarias. A essa altura já calculada em 300 léguas.

Antônio Guedes de Brito foi o ancestral da Casa da Ponte, uma das mais notáveis e influentes famílias do Brasil e Portugal, na linha sucessória de seus herdeiros, chega-se à D. João de Saldanha da Gama de Melo Torres Guedes de Brito (o Conde da Ponte) que governou a Bahia durante os anos de 1805 a 1810, com sua morte, criaram-se vários desentendimentos na família herdeira, em decorrer desse espólio resolve-se desmembrar várias sesmarias remuneratórias entre herdeiros.

Dentre essas sesmarias, foi desmembrada uma porção de terra na qual foi denominada de Barra de São Rafael que se estendia da fazenda Tareco até a Serra de São Francisco próximo a Chapada Velha, (imediações de Brotas de Macaúbas) margeando a vereda passando pelo lugar chamado Lagoa dos Porcos.
Em 21 de fevereiro de 1807 acontece o marco inicial para nosso desbravamento, o Conde da Ponte D. João de Saldanha de Mello Torres Guedes Brito e a Condessa da Ponte D. Maria Constança de Saldanha Oliveira Souza vendem a Antônio Teixeira Leite e Felipe Alves Ferreira ambos residente em Morro do Chapéu a porção de terras denominada Barra de São Rafael, que foi comprada pela quantia de Um Conto e Duzentos Mil Réis, de acordo com a Escritura Publica do Tabelionato Mota de Salvador, datada de 11 de dezembro de 1811, documento nº. 06 – folhas 40 a 44.

Nessa mesma trajetória passaram-se os anos até que em meados de 1880 são vendidas pequenas porções de terras que correspondem à atual sede de Cafarnaum e é adquirida por dois irmãos Felipe e Sebastião Cedro que a vendem ao pai de Manoel da Cruz (Thomé Bispo do Nascimento).


BARRETO, Leandro. A História de Cafarnaum. Origem das terras de Cafarnaum. Os Primeiros Proprietários. Nossa História. Edição Especial – 50 anos de Cafarnaum. Pág. 06; 07. 

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